Deputada Professora Bebel vai ao MP para defender liberdade de cátedra

Deputada Professora Bebel vai ao MP para defender liberdade de cátedra

Educadores da rede pública estadual de Educação de São Paulo foram surpreendidos por uma decisão do governo João Doria de colocar coordenadores pedagógicos para fiscalizar professores em atuação dentro das salas de aula. A medida, que os obriga  a dar notas de zero a quatro aos professores, é inédita no estado e levou a deputada estadual Professora Bebel ao Ministério Público (MP) para questionar o que vem sendo chamado por professores e coordenadores de “ataque à liberdade de Cátedra”.

Para levar adiante a indignação dos educadores, a deputada e presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) esteve reunida com o promotor de Justiça João Paulo Faustinoni, do Grupo de Atuação Especial de Educação (Geduc), na tarde da última quarta-feira, 14, e apresentou um documento que reúne os argumentos contrários à medida.

Segundo a deputada, os coordenadores pedagógicos entendem que o papel de “fiscalizar” os professores fogem às suas atribuições na medida que a figura do coordenador serve ao bom andamento coletivo da comunidade escolar, e não para avaliações individuais. Ela também chamou atenção para o caráter subjetivo da avaliação proposta pelo governo do Estado, o que pode configurar censura. Para a Apeoesp, cabe aos Conselhos Escolares de cada comunidade, a avaliação da metodologia a ser implantada em sala de aula. “Esta seria uma medida justa e democrática a ser feita por todos que participam do processo de ensino”, explicou a Professora Bebel.

Para o promotor, chama a atenção do Ministério Público a falta de discussão da secretaria de Educação com a comunidade e o Sindicato já que a decisão só foi comunicada após as férias do meio do ano. Bebel aproveitou a oportunidade para convidar o Ministério Público a participar dos debates que estão acontecendo na Apeoesp sobre o tema. “Têm sido constante os relatos de constrangimento dos coordenares com essa situação. Eles se sentem incomodados de dar notas aos professores. Eles também são professores que exercem a posição de coordenadores. É um trabalho de equipe”, relatou a deputada.

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