Deputada Bebel defende mobilização contra pedágios na região de Piracicaba

Para Bebel, pedágios encarecem produtos da região e minam poder de compra do trabalhador

Deputada Bebel defende mobilização contra pedágios na região de Piracicaba

Para a deputada estadual Professora Bebel (PT), a mobilização da sociedade é essencial contra a instalação de pedágios nas rodovias da região de Piracicaba, oficializada com o leilão realizado pelo governo do Estado de São Paulo nesta semana. Bebel diz que é necessário unir câmaras de vereadores, prefeitos, entidades e movimentos sociais da região de Piracicaba para ir até a ARTESP (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de SP), e pressionar o governo do Estado de São Paulo a dar um tratamento diferenciado à população que se utiliza das rodovias que receberão pedágios na região, como foi dado na região de Indaiatuba, onde o usuário da cidade paga uma tarifa diferenciada. “Vamos nos unir e, independente de agendamento, estaremos na ARTESP para cobrar uma posição”, avisa.

O leilão, vencido pelo consórcio liderado pelo Pátria Investimentos, realizado no dia 08 de janeiro, concedeu 1.273 quilômetros de rodovias, a partir da região de Piracicaba, e estabelece a colocação de praças de pedágios na SP-304, entre Piracicaba e Águas de São Pedro, no km 183,3, entre São Pedro e Santa Maria da Serra, no km 210,8, e na SP-308, entre Piracicaba e Charqueada, no KM 180,4. A cobrança dos pedágios deverá ser iniciada de imediato, sendo de R$ 5,64 na SP-304 e de R$ 5,00 na SP-308 para veículos de passeio e por eixos para caminhões, enquanto que para motocicletas serão cobrados R$ 2,82 na SP-304 e R$ 2,50 na SP-308.

Em troca, a concessionária vencedora da licitação deverá realizar melhorias e duplicar a Rodovia Geraldo de Barros (SP-304), entre São Pedro (SP) e Santa Maria da Serra (SP), e a Rodovia Hermínio Petrin (SP-308), num prazo de 30 anos.

Resistência começou há mais de 1 ano

A Professora Bebel lembra que desde que a ARTESP iniciou estudos visando a concessão dessas rodovias, ela se colocou contrária à privatização. Inclusive, durante a campanha para as eleições de 2018, tanto o então governador Márcio França como o deputado estadual Roberto Morais (Cidadania) negaram esta possibilidade.

“Agora o pedágio está aí e temos que unir todas as nossas forças contra, para evitar que a população pague ainda mais para transitar e pelos produtos que por essas rodovias irão circular”, ressalta. A colocação de pedágios nessas rodovias, conforme enfatiza a deputada Professora Bebel, irá encarecer ainda mais o deslocamento dos trabalhadores, como é o caso dos professores que residem em uma cidade e, muitas vezes, trabalham em outra, e dos produtos que são transportados por estas rodovias. “Os trabalhadores, de maneira geral, já ganham pouco e ter mais esta despesa reduz ainda mais o seu poder de compra, sem contar que os produtos que são transportados por essas rodovias acabarão ficando mais caros, uma vez que a tarifa do pedágio é embutida no custo final das mercadorias”, adverte.

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