Ontem foi um dia de luta na Assembleia Legislativa de São Paulo para todos os professores que querem o aumento de 33.2% do magistério e que são contra a “nova carreira”, oferecida pelo governador João Doria e pelo seu secretário da educação Rossieli Soares.
Logo pela manhã, muitos professores se reuniram em frente à Alesp para assistir a votação no plenário principal do PLC3 que foi realizada no período da tarde. O ato começou por volta das 13h, e fechou algumas ruas no entorno da Assembleia Legislativa.
O que os sindicatos e deputados da oposição desejavam era que o PLC3 oferecido pelo governador, fosse desmembrado, pois queriam o reajuste de 10% separado da proposta de “nova carreira do magistério”.
Parte dos apoiadores da deputada Bebel que são contra o PLC3, assistiram a votação de dentro da galeria do plenário principal. Muitos funcionários públicos foram barrados e tiveram que ficar na porta da Alesp. A polícia militar formou uma barreira para que mais ninguém entrasse na Assembleia Legislativa.
“Não vou dizer que na Assembleia esse é o dia mais triste da minha vida. Mas é. Esse é mais um ‘dia mais triste’ da minha vida. Esse governo vai amargar. É a marca cruel de quem não respeita os professores. E vocês não ganharam nada. Derrotaram uma categoria. Aquela que formou vocês. Isso que vocês fizeram”, disse a deputada Professora Bebel, dirigindo-se ao plenário da Assembleia Legislativa após a aprovação do texto que incorporou apenas três emendas, as quais não tiveram impacto sobre o texto original.
O que querem impor nesse plano de “nova carreira” é o desmonte da atual carreira dos professores, pois o que estão oferecendo é apenas subsídio. A categoria O será a mais atingida, já que permanecerão por tempo indeterminado na referência inicial.
No próximo dia 8 de abril, ocorrerá uma assembleia para definir uma possível greve dos professores.
O secretário da educação, Rossieli entrará para a história como o secretário mais trágico da história de São Paulo. Sua presença no Poder Executivo é uma desonra e um escárnio à Educação. Ele e todos os seus carregarão em suas biografias as digitais de uma farsa.
Abaixo segue a imagem de quem votou “sim” ao método de votação do governador João Doria. Esses mesmos deputados impediram a votação separada do reajuste de 10% dos professores!