Na tarde de ontem (17) a deputada Professora Bebel promoveu uma Audiência Pública para debater sobre o fechamento do Museu da Diversidade Sexual. Militantes e ativistas LGBTQIA+ puderam participar e demonstraram sua insatisfação durante a audiência.
Deputada professora Bebel afirmou que o fechamento do Museu foi um ataque frontal à essa comunidade que produz cultura e, que apesar de ser brutalmente atacada, traz alegria e muitas reflexões diariamente para o público.
O fechamento repentino do espaço pegou muita gente de surpresa. “Quando a gente acha que as pessoas estão olhando para o trabalho das drags e dos artistas LGBT e sendo empoderado, ainda vemos que a gente tá sempre sendo discriminado”, desabafou Salete Campari, ativista e drag queen, que foi surpreendida com o fechamento do Museu.
Para Janaina Oliveira, da Rede Afro LGBT, os bolsonaristas buscam diariamente formas de invisibilizar a existência LGBT. “A gente sabe que eles criaram uma onda conservadora para nos atacar. “São ações articuladas que vão se transmitindo para o resto do país”, pontuou. “Quem deveria estar no armário encolhida é essa onda conservadora”, finalizou.
Marisa Bueno, diretora do Museu da Diversidade Sexual, denunciou o caráter LGBTIfóbico do encerramento do espaço. “Esse museu é o terceiro no mundo e o primeiro na América Latina que é destinado a pesquisa e à memória LGBTIA+ e ele faria 10 anos em 2022. Era um espaço de resistência e um marco histórico!”.
Compuseram a mesa de debates Anselmo Figueiredo, da Frente Parlamentar LGBT da ALESP; Symmy Larrat, da ABGLT e da ANTRA; Vinicius Silva, defensor público, Isabelly Carvalho, vereadora de Limeira pelo PT; Walmir Siqueira, coordenador do Coletivo LGBT da CUT; Zezinho, secretário de funcionários da educação da CNTE; Carolina Iara, vereadora pelo PSOL; Igor Andrade, do Ativoz e do PSOL Osasco; Renata, do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo; Marcelo Morais, do setorial LGBT do PT/SP; Mônica Seixas, do PSOL; e Viviane Trindade, representante do mandato do deputado Alexandre Padilha.
Fonte: Jornalistas Livres.