Após desferirem o ataque frontal contra a classe trabalhadora ao aprovarem em primeiro turno a reforma da Previdência, deputados federais votaram ainda o destaque que mantinha a aposentadoria especial para professores de todo o país.
Foram 265 votos favoráveis a manutenção dos direitos dos professores e 184 contrários; dois deputados se abstiveram da votação. Apesar da classe ter obtido maioria, os professores não foram poupados da mão pesada do governo Bolsonaro sobre os trabalhadores. Eram necessários 308 votos “sim” para que os professores não vissem seu direito à aposentadoria minguar. Ou seja, faltaram ainda 43 votos favoráveis.
Veja aqui quem votou contra a aposentadoria dos professores: https://especiais.g1.globo.com/politica/2019/o-voto-dos-deputados/#/deputados/undefined
Se aprovado em segundo turno na Câmara, o texto base da reforma da Previdência irá ainda para o Senado Federal.
Para a deputada estadual e presidenta da Apeoesp, Professora Bebel “ainda há luta a ser feita. Devemos ser ainda mais ativos e incisivos na nossa campanha contra a aprovação deste crime contra os trabalhadores”. O Sindicato estará presente em Brasília com quatro ônibus, entre professores, lideranças populares e estudantes para engrossar as manifestações contra a reforma no próximo dia 12 de julho.
Segundo a professora, os retrocessos contra trabalhadoras e trabalhadores não pararão na esfera Federal e a vitória pode abrir as portas para uma reforma também no estado de São Paulo. “Não podemos permitir que isso aconteça. Nós contribuímos mensalmente para a nossa aposentadoria e o Estado é que não cumpre corretamente a sua parte, inclusive desviando recursos da educação. Reforma da previdência, aqui não”, rebateu a deputada por nota.