Funcionalismo se mobiliza contra projeto de reforma da Previdência de Doria

Funcionalismo se mobiliza contra projeto de reforma da Previdência de Doria

No dia 19 de novembro, servidores realizarão ato em frente à Assembleia Legislativa de SP

O projeto do governo que prevê uma reforma da Previdência no Estado deve chegar nesta quarta (13) à Assembleia Legislativa de SP. A deputada estadual Professora Bebel, presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), já afirmou que o funcionalismo pode entrar em greve caso o projeto avance.

Entre as mudanças propostas pelo governo nas regras da Previdência para os servidores públicos está o aumento da contribuição única de 11% para 14% .

O projeto do governador João Doria ainda aumenta a idade mínima para a aposentadoria, que passa de 55 anos para 62, no caso das mulheres, e de 60 anos para 65, no caso dos homens. O cálculo da aposentadoria será pela média salarial, com base em todos os salários a partir de julho de 1994. Haverá também regras de transição para os funcionários que estão na ativa, que deve incluir “pedágio” para quem está prestes a se aposentar.

Uma reunião organizada pela deputada Professora Bebel, nesta terça-feira (12) no plenário Tiradentes da Alesp, contou com a participação de diversas entidades e dezenas de servidores estaduais, que iniciaram mobilização contra mais esse ataque aos direitos do funcionalismo. Ficou estabelecido no encontro que na próxima terça-feira, 19 de novembro, será realizado um grande ato unificado às 14 horas em frente à Alesp.

“O desprezo do governador João Doria pelo servidor público parece não ter limites, mas nossa categoria tem um histórico de luta por garantia de direitos e seguiremos firmes em mais essa batalha, tanto nas ruas quanto na Assembleia Legislativa”, afirmou Bebel.

A deputada ainda citou outros ataques recentes do governo ao funcionalismo, como o aumento irrisório de 5% para os policiais, o não cumprimento da decisão judicial de reajustar os salários do magistério estadual em 10,15%, a portaria 6/2019, que estabelece regras inaceitáveis para a atribuição de aulas de 2020, e o PL 899/2019 recentemente aprovado na Alesp, que limita a R$ 11 mil o pagamento das chamadas Obrigações de Pequeno Valor (precatórios).

Bebel também quer que o governador explique as regras especiais para a aposentadoria de professores e policiais. Em entrevista coletiva concedida no último dia 8, Doria se recusou a dar detalhes sobre a questão. “Não vamos aceitar que ele destrua nossa aposentadoria especial, assim como não aceitaremos o aumento da alíquota nem as demais mudanças que acarretam prejuízos para a nossa aposentadoria. Vamos lutar para derrotar esse ataque e a mobilização começa imediatamente”, destacou Bebel durante o encontro na Alesp.

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