Depois de aprovarem em primeiro turno a reforma da Previdência nesta quinta (11), deputados federais ainda devem votar destaque que trata da aposentadoria dos professores. Na última quarta (10), foi rejeitado o destaque que excluía a categoria da reforma. Foram 265 votos favoráveis à manutenção dos direitos dos professores e 184 contrários; dois deputados se abstiveram da votação.

Apesar de a classe ter obtido maioria, os professores não foram poupados da mão pesada do governo Bolsonaro sobre os trabalhadores. Eram necessários 308 votos “sim” para que a categoria não visse seu direito à aposentadoria minguar. Ou seja, faltaram ainda 43 votos favoráveis.Para a deputada estadual e presidenta da Apeoesp, Professora Bebel, “ainda há luta a ser feita”, já que o projeto da reforma da Previdência irá ainda para o Senado Federal. “Devemos ser mais ativos e incisivos na nossa campanha contra a aprovação deste crime contra os trabalhadores”.

O Sindicato está nesta sexta (12) em Brasília com quatro ônibus, entre professores, lideranças populares e estudantes para engrossar as manifestações contra a reforma”.Segundo a deputada, os retrocessos contra trabalhadoras e trabalhadores não vão parar na esfera federal e a vitória pode abrir as portas para uma reforma também no Estado de São Paulo. “Não podemos permitir que isso aconteça. Nós contribuímos mensalmente para a nossa aposentadoria e o Estado é que não cumpre corretamente a sua parte, inclusive desviando recursos da Educação. Reforma da Previdência, aqui não”, rebateu Bebel.